Capitulo
V
Quando regressou a casa, horas mais tarde, já não
encontrou o João.
No lugar dele no sofá estava um bilhetinho “Tive saudades tuas.”. Enterneceu-a muito pouco. O João não cabia no meio dos seus pensamentos, naquela altura.
Era ela quem tinha saudades. Não de alguém, mas daquela sensação: as borboletas. Toda a vida se rira das pessoas que usavam esta expressão e agora era a única forma para descrever o que sentia.
O jantar com o Rodrigo tinha ficado marcado para o dia seguinte, mas ela começou logo a experimentar roupa para a ocasião. De energia renovada, até deu uma volta ao armário e separou roupa que já não usava a algum tempo para doar a uma instituição. Também separou a roupa que já não usava há algum tempo só porque já não tinha paciência para se produzir – e foi dali que escolheu o vestido que usaria.
Num tiro, sem que ela tivesse noção de tudo o que se passou no intermédio, era hora de ir ao encontro do Rodrigo. Já tinha envergado o vestido especial que escolhera no dia anterior e já o tinha trocado pela roupa do costume: calças justas, top fluído. Já tinha perdido minutos a fio na maquilhagem que a seguir limpou da cara. Aquele não era um encontro amoroso. Ela tinha namorado – parecia lembrar-se agora.
Ao longo do jantar descontraiu, com a ajuda de um vinho fresco. Deixou-se levar. Deixou-o até pagar, distraída da premissa da ocasião.
- Uma pena que tenhas trazido o carro. – anunciou ele.
- Porquê?
- Vamos perder o momento em que me despeço de ti à entrada da tua porta. Em que fazemos um pouco de conversa tensa e atrapalhada. Em que tu hesitas em convidar-me a subir e eu hesito em roubar-te um beijo.
- Não me darias um beijo!
- Claro que não. Os beijos não se dão: roubam-se. Acho que não me estavas a ouvir...
Passou-lhe a mão ao longo da cintura e puxou-a para ele. Afastou-lhe uma madeixa de cabelo que pendia sobre a cara.
- Não te permito que me roubes um beijo. – disse ela com a convicção que conseguiu.
- E porque não?
Ela calou a resposta que não tinha na ponta da língua e susbtitui-a por um beijo. Roubado, entregue, devolvido.
No lugar dele no sofá estava um bilhetinho “Tive saudades tuas.”. Enterneceu-a muito pouco. O João não cabia no meio dos seus pensamentos, naquela altura.
Era ela quem tinha saudades. Não de alguém, mas daquela sensação: as borboletas. Toda a vida se rira das pessoas que usavam esta expressão e agora era a única forma para descrever o que sentia.
O jantar com o Rodrigo tinha ficado marcado para o dia seguinte, mas ela começou logo a experimentar roupa para a ocasião. De energia renovada, até deu uma volta ao armário e separou roupa que já não usava a algum tempo para doar a uma instituição. Também separou a roupa que já não usava há algum tempo só porque já não tinha paciência para se produzir – e foi dali que escolheu o vestido que usaria.
Num tiro, sem que ela tivesse noção de tudo o que se passou no intermédio, era hora de ir ao encontro do Rodrigo. Já tinha envergado o vestido especial que escolhera no dia anterior e já o tinha trocado pela roupa do costume: calças justas, top fluído. Já tinha perdido minutos a fio na maquilhagem que a seguir limpou da cara. Aquele não era um encontro amoroso. Ela tinha namorado – parecia lembrar-se agora.
Ao longo do jantar descontraiu, com a ajuda de um vinho fresco. Deixou-se levar. Deixou-o até pagar, distraída da premissa da ocasião.
- Uma pena que tenhas trazido o carro. – anunciou ele.
- Porquê?
- Vamos perder o momento em que me despeço de ti à entrada da tua porta. Em que fazemos um pouco de conversa tensa e atrapalhada. Em que tu hesitas em convidar-me a subir e eu hesito em roubar-te um beijo.
- Não me darias um beijo!
- Claro que não. Os beijos não se dão: roubam-se. Acho que não me estavas a ouvir...
Passou-lhe a mão ao longo da cintura e puxou-a para ele. Afastou-lhe uma madeixa de cabelo que pendia sobre a cara.
- Não te permito que me roubes um beijo. – disse ela com a convicção que conseguiu.
- E porque não?
Ela calou a resposta que não tinha na ponta da língua e susbtitui-a por um beijo. Roubado, entregue, devolvido.
Post mensal escrito
pela blogger Maria do blog «Maria das Palavras» (http://daspalavras.blogs.sapo.pt/) em parceria
com este blog!
Ops tenho ali uma gralha :p
ResponderExcluirAgora deixaste-me comovido entre um Amor de Maria e a Maria dos mil Amores...os beijos não se dão nem se roubam...TROCAM-SE!
ResponderExcluirPena que às vezes sejam tão insípidos e os bons demasiado voláteis!!!
Bom fim de semana com a criação de um novo capítulo para esse romance que podia ser meu..."Maria"******
:)
ExcluirHá algum tempo, é essa a gralha, falta um h... Certo?
ResponderExcluirPois é :) E essa frase toda está um bocado confusa...
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