Capitulo
I
Acordou
em sobressalto.
All the single ladies, all the single ladies...
O jantar da noite anterior com as amigas, tinha durado duas ou três garrafas a mais. Mas ainda se lembrava que tinha sido ideia dela que mudassem todas o toque do despertador para a fantástica e tão não-apropriada-para-um-acordar-suave música da Beyoncé.
Eram nove da manhã de um Domingo e nem precisava de se levantar logo, mas a dor de cabeça monumental obrigava a um pequeno almoço reforçado e um analgésico, com urgência.
Revia mentalmente os conselhos das amigas, brilhantemente resumidos na pergunta da Joana, a mais pragmática: se ele não quer dar o passo seguinte e tu não queres continuar numa relação que não vai a lado nenhum, e que já nem te entusiasma , o que estão a fazer juntos?
Nenhuma delas tinha tido uma relação que durasse sete anos e portanto não podiam pôr-se no lugar dela.
Dizem que os anos ímpares são de crise e talvez fosse no oitavo, um dos bons, que ele finalmente mudasse de ideias e quisesse dar o nó. E aí viveriam felizes para sempre. Tirando aquele pormenor: já não eram assim tão felizes, seria uma proeza que o fossem a partir do ano seguinte e logo para sempre.
Mas o João era tudo o que ela conhecia. Já lhe conhecia os humores, os hábitos, as ronhas, as manias. Sabia as piadas de sempre de cor. Não só ela: a família dela. Adoravam o João e o seu charme descontraído. Também sabiam de cor as piadas dele, mas não se poupavam a rir de todas as vezes que ele as repetia. O que a irritava verem-nos a rir-se uma e outra vez da mesma frase batida.
Acabar com ele estava fora de questão. Continuar com ele também.
All the single ladies, all the single ladies...
O jantar da noite anterior com as amigas, tinha durado duas ou três garrafas a mais. Mas ainda se lembrava que tinha sido ideia dela que mudassem todas o toque do despertador para a fantástica e tão não-apropriada-para-um-acordar-suave música da Beyoncé.
Eram nove da manhã de um Domingo e nem precisava de se levantar logo, mas a dor de cabeça monumental obrigava a um pequeno almoço reforçado e um analgésico, com urgência.
Revia mentalmente os conselhos das amigas, brilhantemente resumidos na pergunta da Joana, a mais pragmática: se ele não quer dar o passo seguinte e tu não queres continuar numa relação que não vai a lado nenhum, e que já nem te entusiasma , o que estão a fazer juntos?
Nenhuma delas tinha tido uma relação que durasse sete anos e portanto não podiam pôr-se no lugar dela.
Dizem que os anos ímpares são de crise e talvez fosse no oitavo, um dos bons, que ele finalmente mudasse de ideias e quisesse dar o nó. E aí viveriam felizes para sempre. Tirando aquele pormenor: já não eram assim tão felizes, seria uma proeza que o fossem a partir do ano seguinte e logo para sempre.
Mas o João era tudo o que ela conhecia. Já lhe conhecia os humores, os hábitos, as ronhas, as manias. Sabia as piadas de sempre de cor. Não só ela: a família dela. Adoravam o João e o seu charme descontraído. Também sabiam de cor as piadas dele, mas não se poupavam a rir de todas as vezes que ele as repetia. O que a irritava verem-nos a rir-se uma e outra vez da mesma frase batida.
Acabar com ele estava fora de questão. Continuar com ele também.
Post mensal escrito pela blogger
Maria do blog «Maria das Palavras» (http://daspalavras.blogs.sapo.pt/) em parceria com este blog!
Então como é que ficam? Só pode ser uma coisa ou outra!!!
ResponderExcluirBom continua no próximo mês sim!
ExcluirTanto suspense...
ExcluirBom faz parte sim!
ExcluirGostei muito. :)
ResponderExcluirhttp://entreosmeusdias.blogspot.pt
Ansiosa pela continuação...
ResponderExcluirPipoca Arrumadinha a surpreender sempre.
ResponderExcluirE faz tudo bem , sim !
La Tãche
Bom espero o seu blog para breve sim!
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